quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ambos os Dois. Maus hábitos, amanhã 18 de dezembro



Uma noite bipolar costurada para baralhar e dançar disco jockeys marl-on e mingmag.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009



bronzeado da década. um bom escaldão

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

beauty is to enthuse us for work, and work is for raise us up




Esta fotografia do trabalho de Richard Wright, que já tinha postado há umas semanas acabou de ganhar o Turner Prize. Postei-a porque a achei bonita (achei bonito o trabalho, e a menina a passar ajuda a compor o ramalhete). Richard Dorment do Telegraph diz, na notícia que acompanha o anúncio da vitória de Richard W., que the result is so damn beautiful you stand transfixed in front of it. A minha mãezinha está-se sempre a queixar que a nossa geração só gosta de coisas inestéticas, mas não é verdade. Gostamos de coisas bonitas.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009


"To the cynical onlooker, orchestras and opera houses are stuck in a museum culture, playing a dwindling cohort of aging subscribers and would-be elitists who take satisfaction from technically expert if soulless renditions of Hitler’s favorite Works”.

Alex Ross meditando sobre a 'cena' da música clássica actual.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009




digitálias


um

dois

três

domingo, 22 de novembro de 2009



how cool is this

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

e várias do senhor da esquerda



john jellybean benitez
esta vai passar de certeza

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Sábado é nos Maus Hábitos. Vai passar o Beautiful Loosers! entre várias outras delicatessens.



E para rematar, pela noitinha, ambos os dois vamos lá estar. Como diz o reclame uma noite bipolar costurada para baralhar e dançar. os disco-jockeys são Marl.ON e mingmag.

sábado, 17 de outubro de 2009

are you wanna bang doe?

em modo vice

Amanhã na Dancetaria Arrasta o Pé no Siloauto. Man like me (!!!!!!!!) e muitos outros. Parabéns ao Nuno, ao Piaf, Vítor e demais que puseram finalmente a Vice cá fora.

sábado, 10 de outubro de 2009

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a projeccionista

terça-feira, 6 de outubro de 2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

An Election

An Election são quatro painéis de William Hogarth que podem ser vistos no inacreditável Sir John Soane's Museum. Só há pouco tempo o visitei e uma das muitas coisas que me ficaram na cabeça (às vezes fica algo) foram estes quatro quadros. Descrições completas das ilustrações aqui.

An Election Entertainment

The scene is an election 'treat' given by the Whigs to gain voters' support. The guests are arranged around two tables with the two candidates seated at the far end to the left of the picture.



Canvassing for Votes
The second scene takes place in a village street in front of three Inns, the Royal Oak, the Crown and the Portobello. (...) Images of bribery abound, even on the new Inn sign in the foreground where a shower of gold flows from the Treasury into the wheelbarrow of 'PUNCH' the candidate for 'GUZZLEDOWN'.



The Polling
The polling stand is adorned with the flags of the two parties and the candidates sit at back. The Tory candidate is scratching his head, seeming anxious, and the Whig candidate is looking smugly satisfied.




Chairing the Member
The successful Tory candidates are being chaired through the streets in triumph (...)




Aos nossos só lhes faltam as perucas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009



Antoni Maiovvi, The Chase Part 1

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

quarta-feira, 16 de setembro de 2009


A cultura, já dizia alguém importante, é tudo o que o homem faz e os macacos não. Não teria tanta certeza. Ainda assim, ou por causa disso, aqui, pode ser lida uma outra proposta para pensar as políticas culturais.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Arts Council anunciou com aquele entusiasmo próprio dos técnicos de recursos humanos a contratação de 150 "assessores" ("It is rather exciting and part of our message is: please apply. We want a diverse range of people who have knowledge about art forms.") para supervisionar o bom funcionamento das organizações culturais por si financiadas. A imagem de 150 comissários, garantes do cumprimento das obrigações (muito pouco artísticas, receio; irão garantir o respeito pela quota certa de asiáticos, caribenhos e yorubas, white-others, nas programações, nas equipas, nos programas educativos...) a circular pelo país é aterradora, mas isso dou de barato. Cada um que tire as ilações que entender. Em vidas passadas, cruzei-me com uma senhora chamada Teresa, muito educada e suave como só os cubanos conseguem ser, capitana do corpo de bailarinas em residência no Casino da Póvoa. Assegurava que tudo corria de forma bem sossegada já que ninguém queria indispor a entidade pagadora (e o regime claro; histórias maravilhosas que um dia contarei num bonito livro de capa dura).
É pena, no entanto, ver o famoso princípio do arm's lenght, que durante quase 50 anos regeu a relação entre o governo e a cultura, em Inglaterra, deteriorar-se. A avaliação destes 12 anos de políticas culturais do Partido Trabalhista está por fazer e a realidade esconde-se por detrás das avalanches de dinheiro que a Lotaria forneceu (uma conquista de John Major, nos anos pré-Blair), intensa propaganda e de uma retórica utilitarista. Enfim, conversa para mil e um posts, bem chatos, que nunca serão escritos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

domingo, 30 de agosto de 2009

hipster alert. em digressão esta semana por pt

segunda-feira, 24 de agosto de 2009


O Jonas tem falado nos últimos tempos sobre a pequena cena que timidamente emerge em Peckham, mais ou menos à volta da Hannah Barry Gallery. Costuma-se dizer que quando se atribui a palavra cena a uma cena é porque esta já está em sentido decrescente. É a altura em que os supostos pioneiros dizem que a cena ‘já não é o que era’ (fenómeno semelhante aos comentários sobre a Costa Vicentina, metade da nação portuguesa diz que ‘já não é o que era’). A sequência bairro degradado-rendas baixas-artistas a precisar de espaço-primeiras festas e manifestações artísticas-word of mouth-visitantes curiosos-investimento e dinheiro-recuperação-lojas e bares-especulação imobiliária-gentrificação-já os primeiros vão bem longe –, repete-se. Em cidades como Londres, em que o mercado de arrendamento é suficientemente liberal e há uma massa crítica estes fenómenos acontecem regularmente. Nas nossas cidades acontecem fenómenos semelhantes, mas muito mais raramente e a um ritmo muito menor (vide o Porto neste momento, no eixo Miguel Bombarda-Cedofeita-Carlos Alberto-Clérigos; ou em Lisboa, a uma escala mais pequena, na Lx Factory). Rapidamente vão aparecer pessoas e grupos menos interessantes a apropriarem-se dos locais e da ‘cena’, mas isso é o menos importante, porque inevitável. Importante é ver e perceber (embora os ensinamentos daí retirados sejam dificilmente replicáveis) como estes fenómenos acontecem. Parece que já assistimos a esta história - os bairros renascidos da miséria, as cenas artísticas que emergem de um local contra todas as probabilidades - mil e uma vezes mas há sempre diferenças. É extraordinário ver a idade do núcleo promotor de Peckham, todos bem abaixo dos 30. Uma vez, um artista inglês e professor na Goldsmith na altura de Damien Hirst e Sarah Lucas explicava-me que a razão para aquilo ter acontecido, como aconteceu, com aquele grupo de pessoas estava relacionado - para além de uma feliz coincidência de um número de estudantes talentosos acima da média ter decidido estudar ali; parte dos Blur também andavam por lá, curiosamente - com o relativo isolamento geográfico da escola (o que impedia distracções), passando o grupo muito tempo junto, em condições bastante precárias (a escola estava muito deteriorada) e o facto de ninguém andar de táxi (biclas e transportes públicos, nada de hábitos sociais-democratas).

sexta-feira, 21 de agosto de 2009



pandemias. um grupo de matemáticos apresentou um paper sobre formas de controlar uma pandemia de zombies, usando para tal diversos modelos matemáticos.Esta sim, a única pandemia possível de a humanidade ver a sua existência em perigo. altamente contagiosa. "we show that only quick, agressive attacks can stave off the doomsday scenario: the collapse of society as zombies overtake us all". . Leitura fundamental

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Bueller, não Muller

A pina era óptima e o merce também, dançavam muito bem e tal, mas tenho mais pena do john hughes que morreu ontem ou anteontem. somos muito mais ferris bueller que cafe muller

sexta-feira, 24 de julho de 2009



Alexandre Bettler

terça-feira, 21 de julho de 2009



à borla se seguirem este link

ou este
Let us applaude!

Para quem ainda não se fartou da história das palmas, mais uma reflexão aqui. E aqui [Dear Loud Clapping Man Who Sits Behind Me At Concerts], uma reflexão mal disposta. E um filme hilariante aqui. Em suma, batei palmas. Desembrulhem os rebuçados que vos aprouver. À velocidade que entenderem.


Thanks Jon


terça-feira, 7 de julho de 2009




Louis Thomas Hardin ou Moondog, o Viking da Sexta Avenida. Compositor americano, cego. Viveu parte da sua vida nas ruas de Nova Iorque. Criava os seus próprios instrumentos e fazia as suas próprias roupas a partir das lendas do Deus nórdico Thor.


moondog, the viking of 6th avenue

domingo, 21 de junho de 2009

durante uns tempos vou andar por'aqui

sábado, 13 de junho de 2009

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- are you fast?
- maybe
- are you fast?
- probably

sexta-feira, 12 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

domingo, 24 de maio de 2009














Há uns anos, num bar do Porto, conheci uma rapariga que me disse que era assistente da viúva de T. S. Eliot. Achei aquilo extraordinário. Na altura não sabia grande coisa sobre o senhor, para além o facto de que estaria morto, mas 3 graus de separação, do Triplex para o T. S. Eliot, impressionou-me o suficiente. O longo texto de hoje do Observer sobre a vida de Eliot, o seu segundo casamento com a bonita secretária Valerie Fletcher, que ainda hoje assegura cuidadosamente que a vontade do poeta é respeitada, conta um pouco do percurso do inspirador do “Cats”. O artigo fala também de Debbie, a confidential secretary de Valerie, mas já não me lembro se esse era o nome da rapariga do Triplex.

Em cima, Eliot, nas Bahamas, Love Beach, em 1957.

terça-feira, 19 de maio de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Não faço planos de escrever muito mais sobre “a emergência das indústrias criativas” (para quem não sabe, o tema da minha tese de mestrado). Sinto que tudo o que se está a passar neste momento – conferências, plataformas, financiamentos comunitários, agências e demais esforços –são redundâncias. O mais importante está feito e, de certa forma, foi-nos entregue de bandeja, como resultado das discussões que aconteceram ao longo dos anos 90 pela Europa fora (e Canadá, Austrália e Nova Zelândia). O lado positivo e importante desta discussão é a legitimidade económica, política e até social e cultural que as actividades culturais e criativas e os seus profissionais têm vindo a adquirir, em resultado da discussão académica em torno do conceito, no esforço da sua estabilização conceptual, na crescente atribuição de códigos industriais e ocupacionais correctos às actividades culturais e criativas e nos esforços de mapeamento e avaliação do impacto económico destas actividades. Mas não vale a pena intelectualizar ou conceptualizar muito mais. Tudo o que de mais possa advir agora parece-me pouco interessante e inconsequente, no quadro de um mercado livre. Mais do que provavelmente qualquer outro sector de actividade, este é, e sê-lo-á sempre, especialmente fragmentado. Todas as tentativas de corporativizar o sector, de encontrar plataformas de entendimento, “potenciar sinergias”, etc etc são irrealistas e desinteressantes. Eu quero um sector da criatividade que faça o que quiser. Eu não quero um sector da criatividade organizado. No dia em que o for já não terá nada a ver com criatividade.
Wedding Bands and the New Developments in Bulgarian Popular Music. curiosity is overrated

sábado, 9 de maio de 2009

sábado de manhã

sexta-feira, 8 de maio de 2009






















Longe de mim entrar nos domínios do brother utz, mas, por causa dele, descobri este senhor - Sargeant John Mansfield Crealock - que tinha o recomendável hábito de pintar senhoras bonitas em luxurious environments. Este chama-se The Yellow Sofa. A senhora não sei.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

grey gardens original e grey gardens facsimilado.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Várias pessoas têm escrito sobre os novos significados da pontuação com o advento da comunicação electrónica. O Pedro Mexia chama aos pontos de exclamação a intensidade dos pobres de espírito e um artigo de hoje no Guardian (bem engraçado por sinal) discorre longamente sobre o tema (the adult appropriation of infantilisms). A verdade é que a vida está mais complicada, para nós, adultos. Ninguém quer passar por mal disposto e a falta de um ponto de exclamação num sms transforma-se em secura, ou até numa resposta negativa. Nada que uma tecla do telemóvel não resolva. Um ponto de exclamação garante light-heartdness à mais seca das almas. Mas as coisas são mais complicadas se estivermos no outro lado do canal comunicante. Hoje em dia temos que ser semióticos e estruturalistas amadores. O que quer ela dizer com aqueles três pontos no fim do sms? E aquele ponto de exclamação? Não é fácil… A pontuação mudou, os equívocos mantêm-se.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

sequenza di ballo

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um dos maiores inconvenientes desta crise é a avalanche de artigos sobre a crise e a cultura, como a crise pode ser boa para a cultura ou de como a cultura pode tirar a crise da crise. O impacto das crises, das convulsões sociais ou da saúde financeira das economias na criatividade (primeira e última vez que menciono esta palavra) é tema recorrente e apetecível, mas um pouco estéril. É tentador procurar encontrar ligações entre uma dimensão e outra. A história recente da cultura popular é pródiga nesta possibilidade de nexos: a fartura e estabilidade dos anos 50 e a geração de baby boomers nos anos 60 dos EUA, a Inglaterra deprimida dos finais dos anos 70 e o nascimento do punk, a crença cega no mercado livre dos anos Thatcher e a emergência de Damian Hirst e companhia, ou a aposta nas indústrias criativas e na marca cool britannia e um certo apogeu cultural e criativo (primeira e última vez que menciono esta palavra) dos artistas britânicos nos anos 90. Cá em Portugal temos também bons exemplos dessa discussão. Os anos de boom bolsista do final dos anos 80 e o aparecimento de inúmeras galerias de arte e a emergência de uma classe de coleccionadores em Portugal. Ou os mandatos de Rui Rio na Câmara do Porto e “o deserto cultural” que se diz que o Porto é. Parece-me – parece-me – que hoje em dia não há grandes ligações entre o estado da economia e a criação (coisa diferente são as subvenções financeiras provenientes do Estado ou do sector privado às instituições culturais que dependem da maior ou menor disponibilidade das respectivas carteiras, sem que necessariamente tenham impacto na qualidade da criação). Querem um país e cidades criativas? Limpem as ruas, criem condições para se andar na rua a qualquer hora, bons transportes, criem boas escolas de formação artística, ponham os filhos fora de casa cedo ou mandem-nos estudar para cidades diferentes daquelas onde cresceram.

A este propósito ver também o artigo de Simon Reynolds na Fact.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Out-grandfathered

Num dos dos seus Bilhetes de Colares, A. J. Kotter referia-se a um casal de portugueses, a viver no estrangeiro, que todos os anos regressava a Portugal porque este país era um dos poucos sítios aonde a morte ainda não passou à clandestinidade e isso “era óptimo para as crianças”. Paradoxalmente (e evitando considerações do género "cada país tem os mortos que merece"), parece que, nesta terra, produzimos vidas pouco coloridas e padecemos de uma certa incapacidade de as celebrar. Bem, a ausência de obituários na nossa imprensa ou o aparente desinteresse pela vida dos nossos mortos torna as nossas vidas mais desinteressantes. Para além disso preferimos os virtuosos. Uma vida de zigzagues, trambolhões, asneiras e cabeçadas na parede é muito melhor. Um dia destes morreu um dos netos do Freud e irmão do Freud. Nasceu na Alemanha, antes da guerra, foi deputado inglês, cozinheiro, jornalista, escritor, radialista e mil e uma outras coisas. Morre pobre, mas aparentemente feliz. Deixa uma mulher, 5 filhos e uma óptima garrafeira. Os jornais celebraram-no.

terça-feira, 14 de abril de 2009










dance sequence, continuação

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sábado dezoito celebra-se o Record Store Day, recordatório e homenagem às poucas lojas de discos independentes que ainda existem. Esta história é óptima (linkada pelo hitdabreakz há uns dois anos, originalmente. obrigado) e não é preciso gostar de lojas de discos para fazer sorrir.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

dance sequence

quarta-feira, 8 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009















Emma's attitudes. Recriações de episódios da mitologia clássica, quadros vivos que a transformaram no mais próximo que o século 18 tinha da Kate Moss, mas sem a coca. A minha leitura das últimas semanas, via Pompeia.

















Emma Hamilton, the most desirable woman in the world in the late 1700s

sábado, 4 de abril de 2009



















Karole Armitage





















Satellite
e Gigantic Digital

quinta-feira, 26 de março de 2009


















Chamem-lhe alterações climáticas, aquecimento global, o que quiserem. É bom e eu gosto. São onze meia da noite.

quarta-feira, 25 de março de 2009



















Esta semana já aprendi, até agora, sobre três coisas:

A vida de George R. Lawrence - Lawrence é conhecido essencialmente pela famosa fotografia de S. Francisco após o terramoto/fogo de 1906. Após as primeiras fotografias aéreas (feitas através de um complicado sistema de papagaios) foi acusado pelos irmãos Wright de ter roubado a sua invenção. Mas aquilo que gosto mais no senhor é desta máquina. Não me perguntem como se clica ou faz a revelação. As fotos do senhor estão disponíveis na Biblioteca do Congresso. As histórias estão na Cabinet passada, mas não há link para esse artigo.













Hidden people - Quando a Islândia começou a concessionar áreas significativas do seu território gelado para a exploração de alumínio que existe em abundância no subsolo, a Alcoa, multinacional do alumínio, teve na altura (2004), antes de começar a explorar determinada área, garantir que aí não há nem elfos nem hidden people (podia dizer pessoas escondidas mas perde a carga tolkiana), no e sob o solo. Só após um perito do governo garantir que a área em questão não é habitada por elfos, e só depois de pagar uma taxa pela eventualidade de eles existirem é que a exploração se pode iniciar. Isto é mesmo verdade (li numa revista) e acontece ainda hoje.

"For the Love of Big Brother" - Os Eurythmics têm um disco instrumental intitulado "For the love of Big Brother", saído oportunamente em 84 e devidamente ignorado, que foi uma surpresa para mim. O convidado do Beats in Space da semana passada, Tony Watson, começou o set com duas dessas músicas e valem muito a pena.

quarta-feira, 18 de março de 2009

palminhas, palminhas

terça-feira, 17 de março de 2009






















A cada um a sua cassette. Esta foi a minha.

Lado A Warren G, Warp 9, Gwen Guthrie, Shugie Otis e Arthur Russell
Lado B
The Pains of Being Pure at Heart, Bishop Allen, The Dang-it Bobbys, Blk Jks e Gram Parsons.















Nesta terra morre gente interessante todos os dias. A página e meia de obituários do NYT celebra esse facto todos os dias, repleta de histórias e pessoas interessantes. Sendo certo que algumas experiências são mais glamourosas do que outras, mesma as vidas mais simples são entusiasmantes. Nos últimos dias, morreram, entre muitos outros, Ralph Mercado, um dos principais responsáveis pela promoção da música latina nas últimas décadas, nesta cidade e não só. E NY é também isso, salsa e mambo . Um pouco mais longe, mas também esta semana, morreu o argumentista do Fellini, Tullio Pinelli, com 100 anos. É impossível não nos rirmos com a história do encontro fortuito dos dois e de como ao fim de poucas horas, num acto de revolta contra o neorealismo reinante, estavam sentados a escrever um argumento sobre um rapaz que um dia descobre que tem asas, abre a janela e parte. Morreu também Steve Bernard, empresário de batatas fritas. O seu obituário inclui explicação detalhada de como se fazem boas batatas fritas. Não as provei mas vou fazê-lo (Cape Cod Chips) e percebo agora de onde vem o nome kettle (essas sim, já provei e são as melhores batatas fritas do mundo).

sábado, 14 de março de 2009















Mumblecore, cinema feito com meia dúzia de tostões and tend to be culturally and geographically specific, examining the post-grad lives of urban, educated, twentysomething white characters in a style that's almost uniformly naturalistic and reluctant to force drama into the everyday situations that are the films' focus. The characters — often played by the filmmakers — tend to be fumbling artists or barely employed wanderers — diffident, awkward, prone to embarrassment. Gosto em particular do 'barely employed wanderers'. A foto é do 'Quiet City'. Realmente as diferenças são muitas, do orçamento aos temas. Nós precisamos de muitos milhares de euros para fazer um filme sobre o Outro (a uma distância segura) ou sobre os traumas das gerações anteriores. Eles precisam de dinheiro nenhum para falar sobre a sua própria geração.














Alguma informação sobre o progressivo desaparecimento dos aplausos nos concertos de música clássica. As razões são muitas e começam com Wagner e Mahler nos finais do século 19. Até então, qualquer concerto era local de entretenimento puro, onde era suposto que cada um pudesse manifestar livremente as suas emoções. Em 1929, o grande maestro Stokowski (que uns anos mais tarde contracenará com o Rato Mickey no filme Fantasia) reune-se secretamente com 100 ilustres senhoras, subscritoras da temporada da Orquestra de Filadélfia, com o intuito de as convencer a não baterem palmas no meio da música. A ideia era, dizia ele, ouvir a música 'num silêncio espiritual e regressar a casa refrescado e fortalecido'. Não só não conseguiu convencê-las como os assinantes da Orquestra decidem, mais tarde, por votação - 710 contra 199 - continuar a bater palmas quando bem lhes apetecesse. Sabemos que foi sol de pouca dura e hoje em dia nem um rebuçado se pode desembrulhar num concerto.

quinta-feira, 12 de março de 2009
















A Cabinet é uma revista que vai buscar inspiração aos 'Gabinetes de Curiosidades' dos sécs. XVI e XVII e aos grandes enciclopedistas do séc. XVIII e que todos os três meses publica um número dedicado a um tema específico. O último foi sobre o fogo e o próximo será sobre o engano. Como uma das razões desta minha viagem foi vir dar uma mão à revista (estava a ver que não ia acontecer), saiu-me na rifa applause and clapping. É isso que farei até regressar. Investigar applause and clapping.

quarta-feira, 11 de março de 2009






















'The red leather diary' é um pequeno diário (de couro vermelho) que foi encontrado no fundo de um baú a caminho do lixo, algures no estado de Nova Iorque. Por razões que nos ultrapassam, o livrinho foi parar às mãos de Lilly Koppel (esta rapariga nasceu em 81! ninguém nasce em 81 e ainda por cima com tempo - e talento - para escrever um livro), jornalista do New York Times, e que tratou de ressuscitar o dito. O pequeno volume é o diário de uma jovem rapariga do Upper East Side, cheio de histórias e peripécias que se não tivessem sido encontradas no lixo, tinham de ser inventadas . A jornalista (nascida em 81, já tinha dito?) tratou de encontrar a senhora, agora com 91 anos, e que se chama Florence Wolfson. Todas as histórias (da jornalista, a descoberta do diário, a procura da senhora, as histórias contidas no 'red leather diary') são saídas de um filme. Ou melhor, entrarão num filme, em breve, num cinema perto de si. Quem disse que 'there are no second acts in American lifes'?. Entrevista com a Lilly aqui