sábado, 14 de março de 2009















Alguma informação sobre o progressivo desaparecimento dos aplausos nos concertos de música clássica. As razões são muitas e começam com Wagner e Mahler nos finais do século 19. Até então, qualquer concerto era local de entretenimento puro, onde era suposto que cada um pudesse manifestar livremente as suas emoções. Em 1929, o grande maestro Stokowski (que uns anos mais tarde contracenará com o Rato Mickey no filme Fantasia) reune-se secretamente com 100 ilustres senhoras, subscritoras da temporada da Orquestra de Filadélfia, com o intuito de as convencer a não baterem palmas no meio da música. A ideia era, dizia ele, ouvir a música 'num silêncio espiritual e regressar a casa refrescado e fortalecido'. Não só não conseguiu convencê-las como os assinantes da Orquestra decidem, mais tarde, por votação - 710 contra 199 - continuar a bater palmas quando bem lhes apetecesse. Sabemos que foi sol de pouca dura e hoje em dia nem um rebuçado se pode desembrulhar num concerto.

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